quarta-feira, 27 de abril de 2011

Controle da inflação para que haja desenvolvimento sustentável


A promessa de manter a inflação sob controle para que o país tenha desenvolvimento sustentável foi reafirmada, nesta terça-feira (26/4), pela presidenta Dilma Rousseff, na 37ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. A presidente informou aos integrantes do CDES que desde o início do ano o governo vem adotando medidas no sentido de conter o aumento da inflação, um dos compromissos colocados na campanha à sucessão do presidente Lula, em 2010, e reafirmado no discurso de posse.
Dilma atribuiu a inflação atual a pressões internacionais e “a choques internos adversos na produção de bens importantes, como alimentos in natura e etanol”. E emendou: “apesar dessas causas diversas, todo o aumento da inflação vai exigir que o governo tenha uma atenção bastante especial sobre as suas fontes e causas. Então, eu quero dizer a este Conselho: o meu governo está, diuturnamente, e até noturnamente, atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vierem, e fazendo permanente análise delas”.
A presidente contou também que neste primeiro quadrimestre de 2011 foram tomadas iniciativas para colocar a inflação dentro da meta proposta pela equipe econômica: “adotamos medidas de controle da expansão do crédito, de controle da expansão fiscal por meio do aumento no resultado primário, e o Banco Central elevou as taxas de juros. O impacto dessas medidas – de cada uma delas – ainda não se fez sentir plenamente e completamente”.
“É preciso, portanto, ter responsabilidade e serenidade na condução da política econômica. Nós estamos monitorando, como eu disse, a evolução da economia e estamos prontos para tomar as medidas sempre que for necessário. Eu tenho o compromisso, e assumi desde o primeiro momento – no meu discurso de posse e ao longo da minha campanha –, com o controle da inflação, pois sem ele não há desenvolvimento sustentável, e eu cumpro meus compromissos. Eu também tenho compromisso com o crescimento econômico e social, pois isso é que gera empregos e possibilita a inclusão de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras na condição de cidadãos plenos, e eu cumpro os meus compromissos.”

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bioplástico brasileiro feito a partir de fibras de frutas


Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram plásticos à base de fibras de abacaxi, banana e outras frutas. Além de serem biodegradáveis e produzidos com uma fonte completamente renovável, eles são 30% mais leves e de três a quatro vezes mais fortes que os comuns.
Por conta de suas propriedades, os bioplásticos poderão trazer grandes benefícios à área médica, com uso em próteses e pinos, e poderão até  substituir o Kevlar, material usado em coletes à prova de balas e capacetes militares. Mas, a princípio, deverão ser usados principalmente na indústria automobilística para a produção de painéis e para-choques. Ao optar por esse material, os fabricantes poderão diminuir o peso dos carros proporcionando, assim,  uma economia de combustível. Outra vantagem é que esses plásticos ainda têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina .


Para fazer o bioplástico, é necessário obter nanocelulose – sintetizada a partir do tratamento intensivo da celulose. Segundo o professor e engenheiro agrônomo Alcides Leão, que lidera projeto, o abacaxi é uma das fontes mais promissoras de nanocelulose, mas a banana, o coco e a agave também podem ser utilizadas. Os cientistas colocam folhas e caules das frutas ou plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão. O conteúdo da panela passa por vários ciclos de “cozimento”, até produzir um material fino, parecido com o talco. Com 450 gramas dessas nanoceluloses é possível produzir 45 quilos de plástico. De acordo com estimativas dos pesquisadores, esse material deve se popularizar em mais ou menos dois anos.

Em 2009, outro brasileiro, o professor de engenharia química Leonardo Simon, mostrou que era possível utilizar a palha do trigo para produzir peças de veículos e substituir materiais não renováveis  – como carbonato de cálcio, talco e mica. Transformada em um pó, a palha é misturada com polipropileno (plástico) e pode formar peças tanto para a parte interna quanto para a externa dos veículos. No ano passado, esse plástico já era utilizado em algumas peças do carro Ford Flex. A nanocelulose também poderia ser misturada ao plástico convencional para reforçá-lo, mas, se for usada dessa maneira, o resultado final deixa de ser um produto biodegradável.

Mobilização da campanha Carta da Terra

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Comissões visitam usinas nucleares de Angra dos Reis


Deputados que integram as comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Minas e Energia visitam nesta sexta-feira (15) as usinas nucleares Angra 1 e 2, em Angra dos Reis (RJ).
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), afirma que a visita é estratégica e poderá oferecer novos subsídios para a discussão da segurança nuclear no Brasil. 

“É necessário conhecer as instalações das usinas e verificar in loco as condições de segurança da população”, acrescenta.
A visita será realizada no período da manhã. A saída para o Rio de Janeiro está prevista para as 14h30.
Disponível em: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/195481-COMISSOES-VISITAM-USINAS-NUCLEARES-DE-ANGRA-DOS-REIS.html

Conferência Internacional de Cidades Inovadoras – CICI 2011

Sustentabilidade cresce nas empresas e atrai profissionais


O número de companhias com áreas de sustentabilidade está em expansão, o que aumenta o número de vagas, dizem especialistas.

A senadora Marina Silva (PV-AC) afirma que considera as áreas "uma oportunidade", mas que cada um "deve seguir sua ética profissional para não fazer maquiagem" ambiental.

Entre as empresas que atualmente expandem a área está o Grupo Maggi (agroindústria), que vai criar uma diretoria de responsabilidade e sustentabilidade. Segundo Nereu Bavaresco, diretor de recursos humanos, a questão da sustentabilidade começa no recrutamento. "Buscamos pessoas que compartilhem nossos valores."


A área ambiental está dividida entre os cargos técnicos, em que a graduação deve ser em geografia ou gestão ambiental, por exemplo, e os executivos, em que também são aceitos profissionais de outras áreas, como jornalistas, psicólogos, engenheiros e economistas.
A bióloga Fernanda Ormonde, 27, coordenadora de eventos responsáveis da Reclicagem, considera seu emprego verde. "Fazemos a gestão ambiental de feiras, incluindo cuidar dos resíduos", afirma ela, que tem pós-graduação em gestão ambiental.
Especialização
"Antes, só se podia ser sustentável na Amazônia. Agora, é possível trabalhar na área na avenida Paulista ou na [avenida Engenheiro Luiz Carlos] Berrini", diz, referindo-se a dois centros de negócios de São Paulo.
ANDRÉ LOBATO - colaboração para a Folha de S.Paulo
Fonte: Folha Online

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fukushima reacende debate sobre energia sustentável

O Acidente mais recente com Energia Nuclear ocorrido em Março de 2011 em Fukushima, no Japão coloca em debate a necessidade da adoção de políticas energéticas sustentáveis no planeta, especialmente, no Brasil.

Sobre o enriquecimento do urânio pesa a suspeita de eventual uso bélico, motivo pelo qual, frequentemente, instauram-se inspeções internacionais da ONU. O risco de contaminação radioativa é, porém, ainda mais sério, fazendo com que países como a Alemanha já repensem suas políticas energéticas.

No acidente de Fukushima, causado pelo terremoto de 11 de março, ficou patente que não existe conhecimento nem tecnologia para se enfrentar catástrofes dessas usinas: helicópteros militares iniciaram por pegar baldes de água do mar para lançá-la sobre o reator para ver se conseguiam acertar uma piscina de varetas superaquecidas da usina. Tentaram, também, com caminhões de água dos batalhões de choque jogar água no reator. Depois descobriram que tinham que recuar por causa da radiação. Os grupos de trabalhadores dessas operações ficaram conhecidos como os "50 heróis nacionais". Todos estão condenados à morte e sabem que vão morrer em questão de semanas.

Milhares de corpos estão abandonados nas redondezas da usina. Não se sabe o que fazer com eles:
"Estão radioativos. Deixem-nos ali".  Ninguém os recolheu e ninguém os cremou, porque estão muito radioativos. Aqueles que deveriam se ocupar deles, sejam eles policiais, coveiros ou familiares, por sua vez, têm medo de ser contaminados.
Ao mesmo tempo, a energia nuclear, absolutamente, não pode mais ser considerada "energia limpa" e o mito de que não tem efeito estufa já foi pelos ares há tempo. É urgente equacionar a demanda por energia com outros fatores que se tornaram imprescindíveis: modelo de desenvolvimento econômico e industrial; riscos ecológicos e à saúde humana; riscos de catástrofes, sobretudo nos setores químico, petroquímico e nuclear; reservas naturais; sustentabilidade econômica.

O petróleo e outras fontes de combustíveis fósseis, além de altamente poluentes, não são renováveis. Não é por nada que EUA têm procurado importar este tipo de combustível do mundo todo, preservando suas fontes próprias. Política que só dá sinais de mudança devido à crise econômica daquele país.
Está na hora do Brasil pensar um plano nacional de desenvolvimento energético sustentável que contemple essas formas diversas de energia, integrando-as inteligentemente, com valorização do meio ambiente e da vida humana.

Comercial premiado WWF

Legislação sustentável

A Constituição Federal de 1988 deu atenção especial à proteção do meio ambiente, dispondo no seu artigo 225:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O princípio do desenvolvimento sustentável indica a harmonia que deve existir entre o desenvolvimento econômico e social com a proteção dos recursos ambientais, como podemos ver no artigo 170:

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(…)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;

Conceito de desenvolvimento sustentável

O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, em 1983, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
 A definição mais aceita para tal conotação é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro
O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Assim, propondo uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Destes recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.

O desenvolvimento sustentável sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.